Desde crianças, sonhamos, desejamos e buscamos sentido para a nossa vida.
Ainda na infância, almejamos brinquedos, passeios, brincadeiras,
amigos...
Nossos anseios são eternos. Estamos sempre em busca de algo que nos faça sentir mais completos, mais vitoriosos diante da luta diária que é viver.
Sejam imediatos ou prolongados, estamos sempre “desejando” e buscando algo que faça valer a pena a nossa existência e que nos impulsione a prosseguir com entusiasmo a jornada da vida.
Defendemos nossos princípios, teorizamos nossas concepções e nos “apegamos” às nossas crenças com autoridade e veemência.
Até que um dia, tudo pode mudar...
Percebemos que o que desejamos não tem a ver com a nossa existência e os nossos desejos primitivos. Nossa existência não é mais uma expressão singular, individual.
Percebemos que tudo que antes era valorizado, sobreposto e demasiadamente defendido pode virar uma hipótese, um “complemento”, algo secundário.
Percebemos que todas as teorias que envolvem praticidade, independência, individualismo, concepção própria, domínio sobre emoções e atitudes, simplesmente perdem parte de sua credibilidade.
Percebemos que somos vulneráveis, que temos medo da perda.
Percebemos que o nosso eu não é mais suficiente para estarmos completos.
Percebemos que não somos mais os mesmos porque não somos mais nós mesmos.
Percebemos que somos mais do que nós mesmos.
Percebemos a dificuldade de explicar porque só pode ser sentido e não teorizado.
Percebemos que nossa vida não é mais nossa. Nossa vida se multiplica em outra.
Tudo isso acontece quando percebemos que...
... somos pais e agora nossos filhos são nossa vida.
Que o nosso viver esteja pautado em proporcionar aos nossos filhos, extensão de nós mesmos, uma vida baseada em valores e princípios éticos, preparando esta geração para a formação de uma sociedade mais justa, solidária, consciente e, principalmente, feliz.
A educação faz parte desse processo! Juntos perceberemos isso.
ADRIANA FRÓES B. SOARES
03.02.2013